Em 151 anos, São Gonçalo do Amarante já passou por inúmeras transformações. De uma cidade simples e pacata, tornou-se um dos principais municípios do Estado do Ceará, em função da implantação do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), que atraiu à região novas indústrias e perspectivas de crescimento econômico.

No final do século XVI, o município, na verdade, era uma região formada pelo que hoje são Pentecoste, Trairi, Paracuru e Paraipaba. Todas essas cidades eram conhecidas como São Gonçalo, em homenagem ao santo português. Porém, a partir do decreto que proibia mais de uma cidade brasileira ter nome igual, do então presidente Getúlio Vargas, a São Gonçalo cearense mudou de nome e ficou conhecida como Anacetaba, que significa a Casa dos Anacés, etnia indígena que habitava o município na época. Já no início da década de 1950, Anacetaba mudou novamente de nome e passou então a se chamar São Gonçalo do Amarante. 

Desde então, a cidade não para de crescer. Em 2002, o Porto do Pecém iniciou suas operações e diversas outras grandes empresas também se instalaram em São Gonçalo do Amarante, como é o caso da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). A siderúrgica passou a ser presente na vida dos residentes da cidade, como a jovem Mikaele Reis, que mora na localidade de Croatá. Ela atua como laboratorista na siderúrgica. Na prática, sua atividade é analisar a qualidade das matérias-primas principais para o processo de produção das placas de aço e, assim, garantir que o produto exportado pela CSP para o mundo seja reconhecido pela sua excelência.  

“Eu tenho orgulho em morar em São Gonçalo do Amarante, porque é uma cidade que, a cada dia, está se desenvolvendo mais. Nós estamos vendo essa evolução. São Gonçalo do Amarante é também sede do município do Porto do Pecém, um dos maiores do Brasil, além de ter recebido a primeira siderúrgica integrada do Nordeste, a CSP. Assim, vai gerando empregos para a população, como gerou para mim”, destaca.

No seu tempo livre, Mikaele adora visitar a praça da igreja matriz, principalmente durante os festejos de novembro, quando o local recebe muitos fiéis. Além disso, Mikaele carrega um grande título na comunidade que vive: ser a primeira mulher de Croatá a trabalhar em uma siderúrgica. 

“Sinto que as pessoas me têm como um exemplo. Por isso que a CSP é de grande importância para mim. Antes de trabalhar na siderúrgica, eu não sabia o que era siderurgia, eu não conseguia imaginar. Depois que aprendi, enxerguei todo aquele processo de produção de placas de aço e isso me encantou. É algo muito diferente. Por meio da CSP, abri minha mente, vi que eu posso crescer e ser o que eu quiser”, afirma.

Mais oportunidades

Emanuel Araújo também foi abraçado por São Gonçalo do Amarante. Ele saiu de Itarema e veio morar na cidade há oito anos. Após participar da turma de Jovem Aprendiz CSP, ele foi efetivado para operador de produção. 

“São Gonçalo do amarante me deu muitas oportunidades. Desde o primeiro emprego, estudos e a facilidade por estar mais próximo dos meus objetivos e dos sonhos. Sou muito orgulhoso em morar e fazer parte dessa cidade maravilhosa”, comenta.

Um dos programas preferidos de Emanuel na cidade é tomar banho de mar. “Quando eu estou de folga, gosto de ir à praia no final de tarde, apreciar essa beleza natural. É a forma que me sinto mais próximo de Deus e recarrego as baterias”, ressaltou. Além disso, o operador de produção da CSP não perde a oportunidade de ir passear com suas cachorras na Praça Matriz. 

Com essas histórias e como tudo oferece à cidade e ao Estado, a CSP homenageia o município e os seu moradores nesta data tão especial de 151 anos de emancipação política de São Gonçalo do Amarante.