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Empresa de Gusttavo Lima recebeu R$ 6 mi de firmas investigadas por lavagem de dinheiro com bets

Empresa de Gusttavo Lima recebeu R$ 6 mi de firmas investigadas por lavagem de dinheiro com bets

Do montante, R$ 1,3 milhão foi transferido à conta pessoa física do artista, diz inquérito policial.

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A decisão da Justiça que determinou a prisão do cantor Gusttavo Lima nesta segunda-feira (23), a qual o Diário do Nordeste teve acesso, revela detalhes de transações milionárias entre uma empresa do cantor e duas firmas de bets investigadas no inquérito policial. Segundo o documento, R$ 5,9 milhões foram enviados à empresa GSA, cujo único sócio é Gusttavo Lima, e que, deste montante, R$ 1,3 milhão foi transferido à conta pessoa física do artista.

No total, foi constatado um valor de R$ 18.727.813,40de crédito à empresa GSA durante todo ano de 2023. As informações citadas no inquérito, de autoria da juíza Andréa Calado da Cruz, são oriundas do Relatório de Inteligência Financeira (RIF), do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

"Registre-se que na comunicação do RIF em comento, discrimina-se o envio de recursos de R$ 18.727.813,40 de crédito à empresa GSA durante todo ano de 2023, dos quais R$ 5.950.000,00 foram oriundos de duas empresas investigadas nos autos do presente inquérito policial, o que representa 31,77% de toda movimentação a crédito, e deste montante, R$ 1.350.000,00 foi transferido da GSA à conta pessoa física de Nivaldo Batista Lima, “Gustavo Lima”", diz o inquérito. Também foi citado um envio de R$ 200 mil diretamente à GSA. O montante foi enviado viapix, em 15 transações.

Conforme o relatório, as empresas envolvidas são a PIX 365, casa de apostas esportivas conhecida como Vai de Bet, e a Zelu Brasil, que é a intermediadora de pagamento tanto da Vai de Bet como da Esportes da Sorte (Sports Entretenimento).

A juíza destacou ainda que um caso idêntico foi constatado e informado no relatório entre Deolane Bezerra e a Esportes da Sorte, também investigada no negócio das bets.

A juíza Andréa Calado da Cruz citou ainda uma relação de proteção entre Gusttavo Lima e os outros investigados, afirmando que "é imperioso destacar que NIVALDO BATISTA LIMA [Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça". Relatou ainda uma "intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas", levantando "sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas".

Para a juíza, "a conexão da empresa do sertanejo com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado".

 

 

 

 

Fonte: Diário do Nordeste.

Imagem da Galeria Foto: Diário do Nordeste.
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