A Termelétrica da Portocém enfrenta desafios após a Shell desistir do fornecimento de gás natural para o projeto. Ao mesmo tempo, a Eneva suspenderá a operação de sua termelétrica no Pecém em 28 de dezembro devido à falta de gás, enquanto a Gerdau está há 5 meses sem operar suas siderúrgicas em Maracanaú e Caucaia.

O consórcio Portocém, liderado pela Ceiba Energy, planejava construir a usina termelétrica com investimento de R$ 4,2 bilhões. No entanto, a retirada do investimento de US$ 50 milhões pela Shell e a dificuldade da Ceiba Energy em atrair novos sócios colocam o projeto em risco. Adicionalmente, a Portocém tem um contrato com a Aneel para fornecer energia a partir de meados de 2026, sujeito a penalidades se não cumprir.

No Complexo Industrial do Pecém, a Eneva desativará sua usina termelétrica a carvão mineral em 28 de dezembro devido à suspensão do fornecimento de gás pela Petrobras. Ao mesmo tempo, a Gerdau paralisou suas operações siderúrgicas no Ceará há cinco meses, justificando a decisão com a importação de aço a preços inferiores ao custo de produção nacional.

Esses eventos contribuíram para a queda no PIB industrial do Ceará desde janeiro deste ano, impactando empregos, receitas e contribuições para o PIB estadual. Até o momento, a Secretaria do Desenvolvimento Econômico do governo estadual não emitiu comunicado sobre medidas para abordar essas questões.