O deputado Cláudio Pinho (PDT) destacou, durante a ordem do dia da sessão plenária desta terça-feira (24/10) na Assembleia Legislativa do Ceará, medida tomada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) em São Gonçalo do Amarante.

Ele informou que o órgão solicitou informações ao município sobre uma secretária da cidade que seria, segundo ele, “ficha suja”. De acordo com o parlamentar, ela ocupa o cargo desde o início do governo municipal, interrompeu apenas para concorrer a uma vaga de deputada e retornou para assumir a função. O deputado aconselhou a servidora a se retirar do cargo antes que o MPCE tome medidas mais drásticas, evitando assim o constrangimento de uma eventual exoneração.

Cláudio Pinho também enfatizou que o município apresentou um orçamento para o próximo ano de R$ 643 milhões, um aumento significativo em relação ao orçamento deste ano, que foi de R$ 453 milhões. O parlamentar observou que a receita já ultrapassou os R$ 500 milhões e que a cidade ainda solicitou um empréstimo adicional de R$ 100 milhões.

Para ilustrar a situação, o deputado comparou São Gonçalo do Amarante com o município de Camocim, que tem 62 mil habitantes, dez mil a mais do que São Gonçalo. No entanto, Camocim possui um orçamento para o próximo ano de R$ 252 milhões, cerca de R$ 400 milhões a menos do que São Gonçalo do Amarante. 

O deputado enfatizou que, apesar do orçamento generoso, não vê investimentos significativos em áreas essenciais, como educação, assistência social e infraestrutura, na cidade. 

Ele ressaltou que a administração ineficiente está causando problemas, incluindo a falta de medicamentos em unidades de saúde, prejudicando os cidadãos da região. O deputado expressou sua preocupação e desejo de conscientizar a população sobre as questões de má administração na cidade.

Edição: Lusiana Freire / ALECE