Mais duas empresas manifestam interesse na produção de energia limpa no Pecém; saiba mais
Goldwind, do setor de produção eólica e a Alupar, do setor do hidrogênio verde.
O Governo do Ceará assinou, na manhã desta quarta-feira (26), dois memorandos de entendimento para produção de energia eólica e hidrogênio verde no Ceará. Com esses, já se somam 24 documentos ligados ao projeto de tornar o Ceará o principal produtor de energia renovável do país. Os documentos foram assinados com as empresas Gold Wind, fabricante de maquinário para energia eólica, e Alupar, que está interessada na produção de hidrogênio verde.
“Nós sentimos a responsabilidade que esse é um momento muito importante para o Ceará, quando o estado está dando passos e elevando o seu patamar de presença, sempre nessa ideia de desenvolvimento sustentável e que represente também coisas boas para a população”, discursou a governadora Izolda Cela. “Coisas como a redução de desigualdade, porque é isso que o desenvolvimento precisa garantir, é o que percebemos em nossas tarefas e responsabilidades, garantir um estado melhor e mais bem-estar para as pessoas”, completou.
Também presente na reunião, o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado Ceará, Maia Júnior, que destacou a importância desse ato de assinatura para os próximos anos no estado. “Hoje tem uma convicção muito grande que o Ceará vai realizar esses projetos e cumprir o desafio, em até menos de 10 anos, que é consolidar o Ceará em um dos principais locais do mundo em produção de energias renováveis e produção de hidrogênio verde”, destacou o secretário Maia Júnior.
Memorandos
O interesse da Goldwind, representado pelo primeiro Memorando de Entendimento assinado está quarta-feira (26), é em produzir equipamentos para produção de energia de fonte eólica e, com isso, desenvolver um cluster – aglomerado – de produção de equipamentos eólicos. Além da implantação de uma planta industrial no Estado do Ceará. O investimento orçado para o projeto é de até R$ 150 milhões para a fábrica de turbinas eólicas com geração de até 250 empregos diretos.
Ao ser questionado sobre os impactos ao meio ambiente, pela chefe do Executivo Estadual, o Diretor Geral Brasil da Gold Wind, José Eduardo Teixeira de Carvalho Filho, mostrou-se otimista quanto ao cenário.
“Nós temos acompanhado o mercado offshore, e todos o movimentos, inclusive a regulamentação desse mercado e empresas, principalmente no que dá suporte ao programa de hidrogênio verde e energia limpa. Com isso, temos expectativas de se tornar viável”, comentou José Eduardo. “Nós temos uma dedicação muito grande, temos seis mil pessoas trabalhando na pesquisa de desenvolvimento e que estão toda hora inovando, com resultados eficientes”, assegurou.
A Alupar, segunda empresa que assinou memorando nesta manhã, tem interesse em desenvolver projeto da cadeia produtiva do hidrogênio verde, incluindo a intenção da avaliação da participação em pool de armazenamento de amônia e de utilidades a ser desenvolvido e implantado no futuro Hub (complexo de instalações industriais de diferentes especialidades que reunirá também instalações de produção de hidrogênio verde para consumo local e exportação) que será localizado no Porto do Pecém.
“Nós já temos investimentos no Ceará, e temos a intenção de participar dessa produção de hidrogênio verde e também estamos estudando a parte de offshore. Sabemos que o Ceará foi o primeiro estado a soltar uma regulamentação ambiental para essa área, e também estamos estudando isso. Hoje, sabemos que o Ceará tem um grande potencial, seja pelo Porto do Pecém ou outros requisitos, então não queremos ficar de fora desse desenvolvimento”, destacou o Diretor Técnico de Transmissores da Alupar, João Greco.
A empresa e suas subsidiárias possuem experiência em desenvolvimento de projetos de produção de energias limpas, atuando no estado do Ceará com uma planta em operação de geração de energia eólica, com capacidade instalada de 98 MW e uma planta em implantação, de energia fotovoltaica, com capacidade de geração de 47,25 MW.