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Empresa familiar de Reciclagem do Pecém vende até 80 toneladas por mês de sucata para produção de aço na Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP)

Empresa familiar de Reciclagem do Pecém vende até 80 toneladas por mês de sucata para produção de aço na Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP)

A Reciclagem Pecém está atenta à possível ampliação do mercado local. “A gente está fazendo cursos com os nossos funcionários para melhor atender os nossos clientes que chegam aqui e aos catadores também. A nossa expectativa é crescer mais, abranger mais, trazer novos clientes e recicladores também. Dá pra crescer bastante ainda, aqui, no mercado do Pecém”, compartilha Evanice.

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A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) iniciou em 2022 a compra de sucata ferrosa de uma recicladora do Pecém para a produção de placas de aço. Com isso, a siderúrgica coopera com a geração de renda para mais de 100 famílias de trabalhadores desse segmento. A empresa Reciclagem Pecém é primeira da região a tornar-se fornecedora dessa matéria-prima para a CSP e comercializa, por mês, até 80 toneladas do material.

Olímpio Souza, analista de Compras de Matérias-Primas da CSP, explica que o volume de sucata comprado localmente é crescente. “A capacidade da recicladora do Pecém ainda é pequena, se comparado à necessidade da CSP. Mesmo assim, a siderúrgica prioriza a compra no Pecém, com o objetivo de qualificar a empresa local e gerar desenvolvimento regional. Foram realizados vários treinamentos para a empresa Reciclagem Pecém começar a atender a CSP”, relatou.

Produção triplicada

Evanice Martins, que trabalha na área administrativa da Reciclagem Pecém, conta os avanços da empresa após se tornar fornecedora da CSP. “Foi muito bom pra gente. Atender a CSP abriu portas pra conseguirmos outros contratos. Além disso, a gente teve que contratar mais funcionários. Hoje, estamos com 15 pessoas, antes eram sete. E, se Deus quiser, vamos aumentar mais o quadro de funcionários. A gente preza em ajudar o pessoal aqui da região. Ampliamos de 50 para 100 o número de sucateiros que nos atendem e conseguimos melhorar o valor pago a eles pelo material”, enumerou Evanice.

O atendimento para a siderúrgica triplicou a produção da recicladora. “Fazia um tempo que a gente estava em busca de fazer essa parceria com a CSP. A gente conseguiu todas as licenças pra começar e foi muito bom. Era um sonho. A CSP é uma empresa grande, conhecida e bem reconhecida aqui na região”, comemorou Evanice.

15 fornecedores cearenses

A CSP compra, atualmente, sucata exclusivamente de recicladoras brasileiras. No Ceará, a usina conta com mais de 15 fornecedores, que garantem 40% de toda a demanda para a produção de aço. O volume restante é adquirido de outros estados, como Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte e Pernambuco. “A meta é comprar cada vez menos sucata de outros estados e comprar mais do Ceará, especialmente do Pecém”, destaca Olímpio Souza.

A Reciclagem Pecém está atenta à possível ampliação do mercado local. “A gente está fazendo cursos com os nossos funcionários para melhor atender os nossos clientes que chegam aqui e aos catadores também. A nossa expectativa é crescer mais, abranger mais, trazer novos clientes e recicladores também. Dá pra crescer bastante ainda, aqui, no mercado do Pecém”, compartilha Evanice.

Prioridade para empreendedores locais

Até 2023, a siderúrgica deseja cumprir a meta de comprar exclusivamente de fornecedores de SGA e Caucaia os produtos e serviços de nove categorias. São elas: alimentação; material de escritório; material de informática; uniformes; barra/perfil/cantoneira; lavagem de veículos; material de construção; gráfica/reprografia e madeira.

gerente Geral de Relações Institucionais e Comunicação na CSP, Ricardo Parente, explica que a siderúrgica tem como diretriz garantir o papel social da empresa na comunidade, atuando como um dos agentes catalisadores do desenvolvimento regional. “Ao comprarmos de fornecedores da região, não só contribuímos para o giro da economia local, mas também cooperamos com o aperfeiçoamento dos seus modelos de negócio. Com isto, ajudamos a aumentar a competitividade dessas empresas regionais e, acima de tudo, cumprimos um importante papel social na comunidade”, explicou.

Coprodutos para outras indústrias

A sustentabilidade, que está em toda a cadeia produtiva e de utilização do aço, é um valor para a CSP. Os coprodutos são outra prova disso. A operação de uma usina siderúrgica integrada, como a CSP, gera uma série de sobras do processo de criação do aço, que são chamadas de coprodutos. Eles têm alto valor e usabilidade tanto para o consumo interno da usina quanto para a venda a outras empresas. Ou seja, tudo no processo produtivo do aço é aproveitado.

São óleos, gases, escórias e agregado siderúrgico que servem à indústria de tintas, detergente, plástico, pavimentação e agrícola. Os negócios desenvolvidos a partir dos coprodutos da siderurgia são importantes sob o aspecto financeiro e, principalmente ambiental, pois, há alguns anos, muitos desses coprodutos não tinham a destinação mais adequada. Agora, há mercados bem desenvolvidos e outros em desenvolvimento.

Alinhada à sua visão estratégica de negócio, a CSP adota processos e equipamentos de última geração para que esses coprodutos tenham gestão e destinação adequada, com o menor impacto ambiental possível. Como resultado, a empresa consegue o reaproveitamento de 97% dos resíduos sólidos gerados, índice superior à média do setor siderúrgico no Brasil, que é de 95%.

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