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Polícia investiga como estupro de vulnerável caso de sexo entre três pessoas em praia de Fortaleza

Polícia investiga como estupro de vulnerável caso de sexo entre três pessoas em praia de Fortaleza

Investigação ocorre após a vítima alegar que havia usado medicação controlada e que ficou 'desorientada'.

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A Polícia Civil passa a investigar como estupro de vulnerável o caso de sexo entre três pessoas no espigão da Praia de Iracema, ponto turístico de Fortaleza. O ato sexual dos três -- dois homens e uma mulher -- foi visto por pessoas que passavam pelo local. Além disso, o momento foi gravado por uma testemunha, e o vídeo viralizou nas redes sociais nesta segunda-feira (6).

Na terça-feira (7), a Secretaria da Saúde havia informado que investigaria o caso como um ato obsceno em área pública, considerando que as pessoas faziam sexo em uma praia turística, por volta das 5h. 

No dia seguinte, após depoimento da mulher trans que aparece no vídeo, a Polícia Civil passou a investigar o caso como estupro de vulnerável, considerando que ela estava sob efeito de drogas e álcool. 

Em depoimento nas redes sociais, a garota afirma que havia recebido um remédio controlado, que gerou efeito colateral ao ser misturado com bebidas alcoólicas. Ela relatou estar "desorientada", "sem noção" e sem lembranças do momento. 

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que "também se compreende como estupro de vulnerável, conjunção carnal ou ato libidinoso com uma pessoa sem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência". 

A pasta ressaltou, ainda, que o Código Penal estabelece que oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar esse tipo de conteúdo, sem o consentimento dos envolvidos é crime. A pena prevista é de um a cinco anos de prisão. 

A garota relatou também que sofreu represálias após o vídeo que registra o crime viralizar nas redes sociais. 

"Tô passando pelo pior momento da minha vida. Chegaram a mim [membros de facção] querendo me levar numa favela para me punir por isso [exposição do caso em via pública], mas acho que os mesmos sentiram meu choro de arrependimento e vergonha, pois eu não estava em mim e me deram uma oportunidade. Só sei chorar e minha mãe também, pois nunca pensei chegar nesse nível e eu espero do fundo do meu coração que vocês me perdoem. De verdade", publicou a jovem que terá a identidade preservada.

Segundo a mulher, no domingo (5) ela foi a um pré-carnaval, durante a festa usou um ansiolítico que nunca havia experimentado e "perdeu a noção". 

"Me lembro de poucas coisas, pois quase virei a noite bebendo. Fiquei bastante desorientada, essa filmagem foi por volta das 5 horas da manhã. [...] Apareceram esses dois caras e me chamaram, eu nem lembro, na verdade, como chegamos nessa ponte, só sei que eu não tenho essas lembranças. Podem falar que é loucura e é! Acho isso muito vergonhoso, por isso neguei até antão. Venho pedir mil perdões a todos os ofendidos", escreveu.

Ainda conforme a mulher, ela estava "fora de si" e não se reconhece nas imagens que viralizaram nas redes sociais. 

"Essa menina do vídeo não sou eu, é a droga exagerada. Nunca mais aceito drogas sem conhecer elas. Isso serve de aprendizado a qualquer pessoa. Estou desabafando e chorando muito. Perdão", concluiu a mulher na publicação.

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