A EDP - Energias do Brasil - assinou contrato com um grupo de investidores brasileiros coordenados pela Mercurio Asset para a venda de 80% de sua participação na subsidiária Porto do Pecém Geração de Energia (Pecém). A empresa também criou condições para a venda dos 20% remanescentes até o final do contrato de energia vigente.

A usina térmica movida a carvão mineral, localizada no Porto Pecém, no Ceará, tem capacidade instalada de 720 megawatts (MW) e contratos de energia vigentes até julho de 2027. “Pecém registrou um desempenho operacional muito positivo com disponibilidade média de 99,8% até o final de agosto de 2023”, afirma a EDP, em comunicado.

Segundo a companhia, após um máximo histórico na geração registrada em 2021, resultante da “seca extrema” no Brasil, o Operador Nacional do Sistema não emitiu despacho para a usina nos últimos 16 meses, devido aos recentes níveis elevados dos reservatórios hidrelétricos na região.

Em julho, o diretor-global do grupo EDP, Miguel Stilwell Andrade, informou em entrevista ao Valor sobre os planos de vender a termelétrica dentro da meta da companhia de sair do carvão em 2025 e se tornar 100% verde até 2030.

O movimento está alinhado à estratégia de companhia de otimizar operações após fechar capital na bolsa brasileira por meio de uma oferta pública para aquisição de ações (OPA) realizada em meados de julho.