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EDP, controladora da UTE Pecém, tem alta de 25,5% no segundo trimestre

EDP, controladora da UTE Pecém, tem alta de 25,5% no segundo trimestre

Desempenho é fruto de plano da Companhia para reação, recuperação de resultados e identificação de novas oportunidades diante dos desafios da pandemia.

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A EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro, registrou lucro líquido de R$ 237 milhões no segundo trimestre de 2020. O resultado é 25,5% maior que o do mesmo período do ano anterior. O EBITDA (lucro antes de taxas, impostos, depreciação e amortização) chegou a R$ 586 milhões, um crescimento de 5,5% na comparação com o segundo trimestre de 2019. Graças a esse desempenho, a Companhia fechou o semestre com EBITDA de R$ 1,3 bilhão, um avanço de 1,9%, e lucro líquido de R$ 508 milhões, uma alta de 4,9% sobre a primeira metade do ano passado.

O desempenho semestral positivo é fruto do plano de ação adotado pela Companhia para mitigar o impacto da crise do coronavírus sobre o negócio – o chamado Plano 3R. Num primeiro momento, a Companhia ativou seus protocolos de gestão de crise e colocou em marcha um plano de contingência cujas prioridades eram: proteger suas pessoas, garantir a continuidade de sua operação e ajudar a sociedade. Passada a primeira etapa de reação à pandemia (react), a EDP passou a trabalhar na recuperação de resultados (recover) e na identificação de alternativas e oportunidades dentro do novo cenário (reshape). Dentro desta última dimensão, foram criados oito subcomitês, com a missão de levantar informações e opções em quatro campos: Green recovering e Growth; Digital e Cliente; Inovação e Capital Allocation; Diversidade & Inclusão e Workplace reshaping.

Um dos primeiros movimentos desta nova fase foi o recente anúncio, feito pela Companhia, da aquisição de 1.318.100 ações preferenciais da Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A (Celesc). Com esta operação, a EDP passou a deter um total de 11.096.488 ações, ou 28,77% do capital social da distribuidora catarinense. Esse aumento de capital faz parte do objetivo estratégico de reforço da parceria com a Celesc, além de aumentar as sinergias em Santa Catarina, onde a Companhia já constrói dois lotes de linhas de Transmissão, os lotes Q e 21.

 

“Os bons resultados verificados no segundo trimestre e no primeiro semestre como um todo mostram que, apesar do cenário desafiador em escala global, a estratégia adotada pela EDP foi acertada. Depois de uma etapa inicial de proteção do caixa e de reforço da liquidez, pudemos recuperar resultados e nos abrimos a avaliar novas oportunidades”, afirma Miguel Setas, presidente da EDP no Brasil. “Estamos confiantes de que, apesar de toda a austeridade que o momento exige, sairemos ainda mais fortes deste momento e com perspectivas de um futuro ainda melhor para a EDP.”

 

Destaques do trimestre

Em Transmissão, a Companhia registrou importantes avanços, como destaque para a conclusão das obras da linha de transmissão SE Miranda II/SE Chapadinha II, que integra o Lote 11 do Leilão Aneel n.º 005/2016. Com isso, a Companhia antecipou em 12 meses o início de operação deste trecho do empreendimento, que totaliza 203 quilômetros de linhas de transmissão. O primeiro trecho e a subestação Chapadinha II haviam sido entregues ainda em janeiro, com 19 meses de antecipação frente ao calendário da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com a conclusão da entrada em operação, a Receita Anual Permitida (RAP) passou a ser de R$ 32,8 milhões, o que corresponde a uma receita antecipada de aproximadamente R$ 42,7 milhões.

Em Distribuição, a EDP Espírito Santo teve seu reajuste tarifário aprovado pela Aneel em 6 de agosto, com índice de 10,32% para as unidades consumidoras atendidas em alta e média tensão e de 7,05% para aquelas atendidas em baixa tensão. Além disso, o trimestre foi marcado pela estabilidade dos níveis de perdas, como reflexo dos investimentos para melhoria e expansão das redes de distribuição, que chegaram a R$ 176,3 milhões no período, um aumento de 36,5%. No semestre, o investimento totalizou R$ 343,5 milhões, um crescimento de 17,9%.

Nos segmentos de Geração e Comercialização, a sinergia da gestão energética de ambas as unidades continua trazendo resultados consistentes, com a cobertura parcial do risco hidrológico (GSF) do período. O hedge para o ano ficou alocado prioritariamente neste início de segundo semestre, período em que se espera um déficit maior de geração hídrica. 

 

Por fim, como consequência das medidas de contingência, a EDP apresentou redução de 8,2% do PMSO recorrente no trimestre e de 2,4% no semestre. No período, a Companhia reforçou suas captações em mais de R$ 1,7 bilhão, para aumentar a liquidez e fez a adesão ao Termo de Aceitação da Resolução Normativa 885/2020, referente à Conta-COVID, em que requereu o montante de R$ R$ 574 milhões A alavancagem consolidada foi mantida em 2,0 x Dívida Líquida / EBITDA ao fim do trimestre.

 

Agenda ESG

Em consonância com o propósito de sua cultura, ‘Usar nossa energia para cuidar sempre melhor’, ao longo do primeiro semestre, a EDP destinou mais de R$ 10 milhões a ações de enfrentamento da pandemia, tais como: compra de respiradores e EPIs para a rede pública de saúde, realização de obras elétricas de hospitais de campanha e doação de 350 toneladas de alimentos e kits de higiene pessoal a comunidades vulneráveis e povos indígenas. Ao todo, essas iniciativas beneficiaram mais de 400 mil pessoas em todo o Brasil. 

 

Além disso, ciente do seu papel na transformação da matriz energética e do impacto que seus movimentos têm para ajudar a conter os efeitos das mudanças climáticas, em junho a EDP assumiu o compromisso de garantir que, até 2030, 100% da energia gerada pela Empresa seja de origem renovável, contribuindo para que o aquecimento global não exceda 1,5°C. Isso foi feito por meio da adesão ao Business Ambition for 1,5ºC – Our Only Future, da Organização das Nações Unidas (ONU). A Companhia também aderiu ao Recover Better, iniciativa global que propõe a governos e empresas de todo o mundo alinhar seus esforços de recuperação e ajuda econômica relacionados à crise da Covid-19, com base nos mais recentes estudos climáticos.

 

Política de dividendos
Na sexta-feira (28/08), a EDP publicou Fato Relevante informando a aprovação de um ajuste em sua Política de Dividendos para balizar a destinação dos recursos da geração de caixa. Esta política propõe a distribuição de no mínimo R$ 1,00 por ação a partir de 2021, garantindo que o dividendo continue a representar mais do que 50% do lucro líquido ajustado por ação.

Adicionalmente, todo o fluxo de caixa livre remanescente também será devolvido aos acionistas na forma de dividendos especiais ou recompra de ações. Em termos de alavancagem, a nova política define como objetivo o intervalo (Dívida Líquida/EBITDA) entre 2,5x e 3,0x, com um limite mínimo de 2,0x.

 

Recompra de ações

Ainda na sexta-feira, a EDP comunicou ao mercado que seu Conselho de Administração aprovou um programa de recompra de ações ordinárias de sua emissão para manutenção em tesouraria, com o objetivo de maximizar a geração de valor para os acionistas.

As transações de recompra têm o limite máximo de 8,5% das ações atualmente em circulação e poderão ser realizadas em até 18 meses, a preços de mercado, no ambiente de Bolsa de Valores da B3.

 

Sobre a EDP no Brasil

Com mais de 20 anos de atuação, a EDP é uma das maiores empresas privadas do setor elétrico a operar em toda a cadeia de valor. A companhia, que tem mais de 10 mil colaboradores diretos e terceirizados, atua em Transmissão, Comercialização e Serviços de Energia, e possui seis unidades de geração hidrelétrica e uma termelétrica. Em Distribuição, atende cerca de 3,5 milhões de clientes em São Paulo e no Espírito Santo, além de ser a principal acionista da Celesc, em Santa Catarina. No Brasil, é referência em áreas como Inovação, Governança e Sustentabilidade, estando há 14 anos consecutivos no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3. No Ceará, em São Gonçalo do Amarante, a EDP é responsável pela UTE Pecém.

 

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