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CSP investiu R$ 400 milhões em 231 fornecedores no Ceará no 1º semestre de 2020

CSP investiu R$ 400 milhões em 231 fornecedores no Ceará no 1º semestre de 2020

Siderúrgica gerou demandas para mais de 30 segmentos de negócios locais sediados em São Gonçalo do Amarante e em outras cidades cearenses.

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Você já observou o quanto uma rua muda com a chegada de um novo comércio na
vizinhança? O negócio gera renda para pessoas que moram ali perto, com vagas de
emprego de entregador, caixa e gerente, por exemplo, e também beneficia
fornecedores de produtos que serão revendidos no local. Pessoas de outros bairros
passam a visitar a área em busca do novo comércio e terminam comprando também
de outros negócios da redondeza. A via fica mais movimentada, mais segura e mais
serviços públicos são atraídos para o local. O ciclo virtuoso vai ficando maior e todos
ganham com isso.
 
Essa transformação aconteceu em maior escala na região de São Gonçalo do
Amarante, na última década, com a chegada de empresas de diversificados portes, a
exemplo da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). Neste primeiro semestre de 2020,
a CSP comprou R$ 400 milhões em produtos e serviços de 231 fornecedores cearenses.
O valor representa 40% de todas as compras realizadas no período pela usina,
contemplando empresas locais que atuam em 33 segmentos, como informática,
limpeza, locação de equipamentos, materiais administrativos, obra civil, tintas,
transporte, logística e outros.
 
A siderúrgica tem como diretriz garantir o papel social da empresa na comunidade,
atuando como um dos agentes catalisadores do desenvolvimento regional, conforme
explica o gerente geral de Suprimentos da CSP, Edney Pereira. “Ao comprarmos de
fornecedores da região, não só contribuímos para o giro da economia local, pois
existem outros efeitos importantes que advém desta relação comercial, que é a
especialização dos fornecedores em novas categorias de produtos e serviços e o
aperfeiçoamento dos modelos de negócio. Com isto, aumentando a competitividade
destes fornecedores regionais e, acima de tudo, cumprindo com um importante papel
social na comunidade. A CSP desta forma, promove a criação de um polo industrial
forte e competitivo, atraindo várias indústrias para as regiões próximas à empresa,
desenvolvendo parceiros que nos garantam fornecimento estável de produtos e
serviços, com um custo logístico diferenciado, e que traz um resultado que todos
ganham”.
Mas como os benefícios se multiplicam
 
O economista, doutor em desenvolvimento regional e assessor econômico da
Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Lauro Chaves Neto, explica que a
instalação de uma empresa âncora (que atrai outras empresas) tem o potencial de
modificar todo o perfil de desenvolvimento de um território. “Esse impacto vai desde
novas relações de consumo, de envolvimento nas cadeias de suprimentos, de
fornecimento de mão de obra e até na formação do capital humano no território”,
relaciona.
 

O ciclo de desenvolvimento de uma região é contínuo, explica Lauro Chaves. O
território recebe estímulos no curto, médio e longo prazo. “Quando nós temos um
investimento âncora que multiplica o desenvolvimento do território, você sente no
curto prazo, como foi o caso da siderúrgica, na sua construção. Houve um impacto
gigantesco no consumo da região. Depois, nós vimos um outro tipo de impacto que é o
de geração de pequenos negócios que orbitam o entorno da CSP e que têm o poder de
mudar completamente o perfil socioeconômico da região”, desenvolve o economista.
 
Empresas comprometidas com o desenvolvimento regional sabem que, ao desenvolver
o território, também geram uma melhora no ambiente de negócios, e isso vai refletir
em benefícios para todas as partes envolvidas, explica o economista Lauro Chaves.
 
“A CSP vem para mudar radicalmente, não só o perfil da economia do território no
qual está inserida, mas também o perfil da economia cearense. Hoje, a nossa pauta de
exportação já tem uma representatividade quase majoritário do segmento ligado a
metalmecânica e aço”, destaca. Ele avalia que a CSP tem mudado o perfil
socioeconômico do território onde está inserida e que a parceria com o Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e com a FIEC amplia esse
impacto, irradiando os benefícios para os pequenos negócios.
 
Transformações e melhorias nos fornecedores
 
Sediado no Distrito Industrial de São Gonçalo do Amarante, com atuação em
construção e montagem industrial, o Grupo Camol é fornecedor da CSP desde a
implantação da usina. Segundo o diretor técnico-comercial do Grupo Camol, Carlos
Mota, 80% do quadro operacional e 50% do quadro administrativo são formados por
funcionários moradores da região de São Gonçalo do Amarante, dos distritos de
Croatá, Parada, Pecém e também da cidade vizinha de Paracuru.
 
“Ser fornecedor da CSP exige transformações e melhorias constantes em nossos
processos; atualizarmos as normas e procedimentos que são exigidos; além do
comprometimento com a segurança, meio ambiente e saúde. São ações
transformadoras que exigem planejamento e treinamento constante das nossas
equipes”, destaca Carlos Mota. Para ele, a busca contínua da excelência, “que é um
objetivo comum nas grandes empresas do porte da CSP, qualifica e coopera para a
inovação e crescimento, principalmente, dos fornecedores locais, da região”.
 
Contribuição para reduzir a desigualdade regional
 
A Apiguana Máquinas e Ferramentas também é fornecedora da CSP, desde 2011. A
empresa cearense está em Fortaleza, Maracanaú e no Pecém, onde conta com uma
loja física de cerca de mil metros quadrados, gerando emprego e renda na região.
 
Jorge Wanderley, diretor Comercial da Apiguana, ressalta que “a opção por
fornecedores locais traz ganhos diretos e indiretos para as grandes empresas. Gera,
localmente, uma corrente de suprimentos especializada e no formato que melhor
representa as características da contratante, dando uma resposta mais adequada às
necessidades das empresas, como estoque, presteza e atendimento”.

 
Para Jorge, com o crescimento do fornecedor local, a grande empresa contribui para o
desenvolvimento regional, “que é mais do que parte da função social da empresa, é
também de seu interesse direto. Apenas desta forma temos a oportunidade de reduzir
as desigualdades regionais. Trazer este crescimento e expertise para perto das grandes
empresas gera um ciclo virtuoso, em que a comunidade ganha e retorna com
qualidade de vida, mão de obra e oportunidades para a grande empresa geradora”.
 
Jorge Wanderley também destaca que ser fornecedor da CSP gerou avanços relevantes
na própria Apiguana. “O grau de profissionalismo e normatizações exigidos pela CSP
fez com que a Apiguana fosse buscar respostas mais adequadas ao fornecimento para
a siderúrgica, como o emprego de um novo sistema para gerenciamento do estoque,
mais moderno, que pudesse garantir a qualidade do fornecimento”, compartilhou.

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