Professores federais rejeitam proposta do Governo e mantêm greve no Ceará
UM MÊS DE PARALISAÇÃO
Professores da UFC, UFCA, UNILAB e IFCE rejeitaram a proposta apresentada pelo Governo Federal na quinta-feira (16). De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, esta proposta seria a última feita pelo governo.
A proposta, anunciada na quarta-feira (15), era de 13,3% a 31% até 2026. No entanto, os aumentos só começariam em 2025. Os que ganham mais teriam o aumento mínimo de 13,3%. Quem recebe menos ganharia o reajuste máximo de 31%.
A ADUFC destacou que a proposta não satisfez os docentes e mantém o reajuste 0% para 2024, desagradando a categoria.
“A proposta recente não contempla nenhum dos pontos reivindicados na greve. Oferta zero porcento em 2024 e mente ao sustentar que há reajuste superior a 30% para algumas faixas. Isso porque a prospecção feita pelo governo considera os anos futuros, período em que também será atravessado por acúmulo de inflação, podendo atingir índices até maiores que os atuais”.
O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE) divulgou nota afirmando ainda que os técnico-administrativos em educação têm “a remuneração mais baixa e defasada do Serviço Público Federal”. Segundo o documento, um técnico de nível superior recebe menos de 3,5 salários mínimos e um de nível médio com menos de 2 salários mínimos.
Para os docentes cearenses, a greve continua. “A ADUFC seguirá firme na Greve da Educação, atuando em conjunto com técnico-administrativos/as e estudantes para garantir a qualidade da educação superior pública e a valorização dos trabalhadores/as da Educação”.
A greve dos docentes iniciou no último dia 15 de abril. Já os técnico-administrativos estão em greve desde 15 de março.
Fonte: Jornal Jangadeiro